domingo, 15 de fevereiro de 2009

Camarão frito


Quando a Manuela me disse que fazia este prato com certa regularidade, mas nunca lembrava de fotografá-lo, achei difícil de acreditar. Entendam, desde que dei início a este blog, tornei-me uma fotógrafa (de comida) compulsiva. A família já começou a se queixar: nas festas, esqueço dos convidados e concentro-me em registrar somente os quitutes.

Mas bem, ia falando da minha parceira Manuela. Somos colegas de Intercâmbio Culinário, uma experiência que reúne uma brasileira e uma portuguesa para troca de receitas típicas de seus países. Em homenagem ao dia de São Valentim, comemorado lá em Portugal, Manuela preparou uma porção de bem-casados com doce de leite e eu uma romântica receita de camarão picante.

Manuela me alertou que tratava-se de uma iguaria difícil de resistir. O molhinho fantástico é uma festa ao paladar e quase fez-me esquecer de tirar as fotos que registram este post. Entre o fogão e mesa, devorei vários destes petiscos sem sequer pensar que máquinas fotográficas e blogs existiam. Verdade, Manuela, foi bem difícil resistir.

Para não chamar de chata, digo que a parte mais terapêutica do preparo é tirar as cabeças e descascar os 500g de camarão fresco, deixando apenas o rabinho. Acredite, o resultado vale cada segundo estripando o inocente crustáceo.

Cubra o fundo de uma panela com azeite, despeje o camarão e uma pitada de colorau (tempero a base de urucum). Deixe fritar, mexendo de vez em quando com uma colher de pau que ele fique vermelhinho. Adicione, então, cerca de 4 dentes de alho picados e piri-piri (pimenta) a gosto. Como não dispomos desta iguaria, usei um mix de malagueta para o preparo de chilli, mas a Manuela explicou que também podemos usar qualquer molho de pimenta tipo tabasco.


Agora é hora de acrescentar o sal, suco de meio limão e três colheres de sopa de manteiga. Misture bem e deixe o molho apurar por cerca de cinco a sete minutos. Sirva quente como entrada com pãozinho de alho ou torradinha (foi a nossa opção).